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WiN Brasil fortalece o protagonismo das mulheres do setor nuclear na 5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres
WiN Brasil fortalece o protagonismo das mulheres do setor nuclear na 5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres
6 de outubro de 2025

A 5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres (CNPM), realizada presencialmente em Brasília entre os dias 29 de setembro e 1º de outubro de 2025, consolidou os debates das etapas preparatórias, reunindo especialistas, lideranças e ativistas para elaborar propostas de políticas públicas voltadas à equidade de gênero.
O evento, promovido pelo Ministério das Mulheres e pelo Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM), em parceria com entes federativos e a sociedade civil, teve como tema “Mais Democracia, Mais Igualdade, Mais Conquistas para Todas”, reforçando o compromisso com processos democráticos, participativos e com a escuta ativa das diversas vozes das mulheres.
A cerimônia de abertura contou com a presença do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, da Ministra das Mulheres, Márcia Lopes, e de lideranças de movimentos sociais representativos, como a Marcha das Mulheres Negras, Marcha das Margaridas, Marcha das Mulheres Indígenas, Marcha da Visibilidade Trans e a Caminhada LésBi São Paulo, além de integrantes do CNDM.
Participaram ativamente dos debates diversas ministras do governo federal, entre elas:
Márcia Lopes (Mulheres), Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais), Sônia Guajajara (Povos Indígenas), Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima), Anielle Franco (Igualdade Racial), Esther Dweck (Gestão e Inovação em Serviços Públicos), Simone Tebet (Planejamento e Orçamento), Margareth Menezes (Cultura), Macaé Evaristo (Direitos Humanos e Cidadania) e Luciana Santos (Ciência, Tecnologia e Inovação).
A pluralidade de vozes e a presença conjunta de representantes do governo e da sociedade civil reforçaram o caráter democrático e participativo do processo de construção de políticas públicas voltadas à promoção da igualdade de gênero no Brasil.
Nesse contexto de ampliação da representatividade, a Women in Nuclear (WiN Brasil) participou intensamente das etapas preparatórias e garantiu uma presença legítima e qualificada na conferência.
Por meio de eleição democrática realizada durante a Conferência Livre, foram escolhidas seis pessoas para representar as mulheres do setor nuclear brasileiro, sendo as três titulares Gabryele Moreira, Nicéa Barreto e Ketrim Souza e as suplentes Geórgia Joana, Camila Engler e Karoline Suzart.
Essas profissionais, reconhecidas por sua atuação de referência na área, assumiram a responsabilidade de pautar as demandas e perspectivas específicas das mulheres do setor nuclear no âmbito nacional, garantindo que suas vozes fossem ouvidas e consideradas na formulação das diretrizes e propostas da conferência.
A presidenta do capítulo brasileiro, Gabryele Moreira, destacou a relevância histórica da participação.
“A Conferência Livre que realizamos em agosto foi construída por muitas mulheres de diversas instituições da área nuclear. Ver o resultado desse trabalho entre os 15 temas da Conferência Nacional foi uma prova de que estamos no caminho certo”, celebra.
Gabryele ressaltou ainda a importância da aproximação do Ministério das Mulheres. “Foi um evento promissor. Apresentar a WiN Brasil para a ministra Márcia Lopes foi algo que nos deixou bastante animadas”, comemora.
Para Nicéa Barreto, coordenadora de comunicação da WiN Brasil, a experiência reafirmou o compromisso coletivo com uma ciência mais humana e comprometida com os direitos das mulheres. “Participar da conferência foi estar em diálogo com mulheres de diferentes territórios e trajetórias. Foi também afirmar que as pautas de gênero, raça e território devem atravessar o campo nuclear, porque a transição energética justa só se concretiza com justiça social”, reflete.
Já Ketrim Souza, conselheira consultiva da gestão D&I, ressaltou o caráter transformador da participação.
“Levar a WiN Brasil até uma conferência nacional de mulheres é sair da bolha da área nuclear. Eu me senti parte de algo maior, além do nosso campo. Quando nos apresentávamos, era nítido o orgulho das participantes em ter mulheres fazendo ciência. A WiN Brasil é gigante. E meu sentimento é de que voltamos ainda maiores”, celebra.
A WiN Brasil reafirma, assim, seu compromisso com a ampliação da participação das mulheres nos espaços de decisão, contribuindo para o fortalecimento da democracia, da igualdade de gênero e para que os avanços tecnológicos do país sejam, de fato, conquistas de todas.
Por Alanna Santos